Deslizamentos
Os atuais deslizamentos semânticos entre arte e vida parecem revelar uma condição de constante transitoriedade, um contínuo ‘estar entre’.
As disputas e rupturas nos discursos que definem os espaços que habitamos hoje também parecem reforçar polaridades, nos colocando em um estado de indefinição e confusão.
As fotografias apresentadas na série ‘deslizamentos’ utilizam captações de imagens do espaço público das cidades que habitamos. O observador em trânsito é reforçado pelo uso da longa exposição, que resulta em uma imagem nebulosa, distorcida, sem a presença da imagem de corpos humanos… apenas seus vestígios borrados.
Ao mesmo tempo que as máquinas do momento recente possibilitam a alta definição da imagem, percebemos a instabilidade, a efemeridade e a imprecisão de tudo o que nos cerca.
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