Série Janelas de Vidro, 2021

Na primeira série de trabalhos fotográficos em parceria com Milena Monteiro, tentamos levar o observador a reflexão de um estado contemporâneo de vida, à clausura, o confinamento, o lockdown, seja qual for a palavra, o sentimento, a ação, a compreensão muda de indivíduo para indivíduo.
A dificuldade de viver trancado em seus domicílios, conviver verdadeiramente com seus parceiros, filhos, animais, seus traumas, seus medos, seus desejos, fora como nunca antes testado nesta geração.

Depois de quase um ano em confinamento em dois países diferentes, provamos as diversas sensações, as relações entre as janelas que podíamos ver, entre sirenes que passavam na rua ou a aventura de sair de casa com a impressão de estar se oferecendo para uma jornada hospitalar.
Alguns momentos de descontração, embriaguez, contemplando cada por do sol, e, sempre às 20horas, o encontro marcado das janelas, esperançosos para uma salva de palmas com o mesmo fundo musical onde palavra “Resistiré” ficou de souvenir incrustada em nossas lembranças. Os dias eram iguais. Como cópias do primeiro dia de lockdown.

O sufoco de ser livre, o sufoco de ver a vida passar pelo vidro da janela causam dor, causam auto conhecimento, causam o que?

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