Quando abri a porteira deste mundo
que eu nasci da vontade dos meus pais
eu trelei de menino até rapaz
um bruguelo reinava vagabundo.
Pelejei nos pinotes mais profundos
pulei cerca e cruzeta até demais
muita bronha na inheta e coisa e tais
se espremendo na volta da compressa
vamos logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Eu nasci no torrão pernambucano
pelo oitão onde é só canavial
no leirão onde o mato é tudo igual
onde reina o ganido mais humano
onde a cana é começo e fim de ano
e o fulano todo liso de empenar
todo troncho na vida a se envergar
só no mato pra salvação expressa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Já vi coisa de tudo nessa vida
vi das moitas espichando pras roletas
coisa errada se passando como certa
pela brecha escapole descabida
e a gente se lascando de fadiga
na desvalida sem ter onde agarrar
tudo é zorra e pipoca de lascar
de ficar só no mais que coisa é essa?
Vamos logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Pra valer tenho visto muito agouro
de sobrar só mei palmo lingua afora
cada aperto de se ver como se tora
sal pisando na moleira e todo couro
de ficar ralo que só caldo de pilôro
desenganado como quem perdeu andor
como quem caiu da boléia do trator
quando a coisa na peitica encabeça
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Eu que vi tanta coisa da medonha
esconujuro que só no pau da venta
de pintar oito e se lascar virando oitenta
quase morrer mais passado de vergonha
quando dei fé, nem lençol nem mesmo fronha
nem muxiba no moquem pra se danar
sem distinguir toda sorte do azar
com a valia arriada na travessa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
E para empiorar o estrupício
o Brasil é somente desmantelo
coisa de arrepiar qualquer cabelo
pra topar na beira do precipício
brasileiro vive mesmo sacrificio
enquant´os sabidos botam pra arrombar
e na nação fazem só tripudiar
roubam tudo de deixar a pátria lesa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Haja empeno no Brasil de norte a sul
a corrupção come solta o revestrés
da gente não valer sequer um réis
todo crime se abarrota no angu
e a gente só carniça de urubu
com a ingresia da afanagem mais nefasta
imola o pobre que paga na vergasta
e fica entre a vida e a morte e vice-e-versa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
A coisa é feia como é podre todo Estado
de apertar vira tudo réu confesso
pois vai achar muito bandido no congresso
e no governo vai flagrar vilão safado
e esses dois ainda vão acoloiado
pela proteção do orgão judicial
a soltar graudão e prender curau
por pecado na lupa a vida pregressa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
O pior é que a raça desgracenta dos políticos
cada vez mais descarada é que fica
fazem tudo pra sair só bem na fita
enquanto o resto sofre em estado crítico
eu que sou moleque bem satítico
mando todos lavagem arrumar
pois comigo eles vão só se lascar
até o dia em que a vergonha se confessa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
E pra finalizar esse canto malcriado
precisamos nos livrar dos malassombros
não deixar que o Brasil só vire escombros
e a gente num destino malsinado
é preciso botar num eixo aprumado
onde possa de verdade a mãe gentil
ter justiça, liberdade e coisas mil
que dê um viver no igual e vamos nessa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
que eu nasci da vontade dos meus pais
eu trelei de menino até rapaz
um bruguelo reinava vagabundo.
Pelejei nos pinotes mais profundos
pulei cerca e cruzeta até demais
muita bronha na inheta e coisa e tais
se espremendo na volta da compressa
vamos logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Eu nasci no torrão pernambucano
pelo oitão onde é só canavial
no leirão onde o mato é tudo igual
onde reina o ganido mais humano
onde a cana é começo e fim de ano
e o fulano todo liso de empenar
todo troncho na vida a se envergar
só no mato pra salvação expressa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Já vi coisa de tudo nessa vida
vi das moitas espichando pras roletas
coisa errada se passando como certa
pela brecha escapole descabida
e a gente se lascando de fadiga
na desvalida sem ter onde agarrar
tudo é zorra e pipoca de lascar
de ficar só no mais que coisa é essa?
Vamos logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Pra valer tenho visto muito agouro
de sobrar só mei palmo lingua afora
cada aperto de se ver como se tora
sal pisando na moleira e todo couro
de ficar ralo que só caldo de pilôro
desenganado como quem perdeu andor
como quem caiu da boléia do trator
quando a coisa na peitica encabeça
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Eu que vi tanta coisa da medonha
esconujuro que só no pau da venta
de pintar oito e se lascar virando oitenta
quase morrer mais passado de vergonha
quando dei fé, nem lençol nem mesmo fronha
nem muxiba no moquem pra se danar
sem distinguir toda sorte do azar
com a valia arriada na travessa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
E para empiorar o estrupício
o Brasil é somente desmantelo
coisa de arrepiar qualquer cabelo
pra topar na beira do precipício
brasileiro vive mesmo sacrificio
enquant´os sabidos botam pra arrombar
e na nação fazem só tripudiar
roubam tudo de deixar a pátria lesa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
Haja empeno no Brasil de norte a sul
a corrupção come solta o revestrés
da gente não valer sequer um réis
todo crime se abarrota no angu
e a gente só carniça de urubu
com a ingresia da afanagem mais nefasta
imola o pobre que paga na vergasta
e fica entre a vida e a morte e vice-e-versa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
A coisa é feia como é podre todo Estado
de apertar vira tudo réu confesso
pois vai achar muito bandido no congresso
e no governo vai flagrar vilão safado
e esses dois ainda vão acoloiado
pela proteção do orgão judicial
a soltar graudão e prender curau
por pecado na lupa a vida pregressa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
O pior é que a raça desgracenta dos políticos
cada vez mais descarada é que fica
fazem tudo pra sair só bem na fita
enquanto o resto sofre em estado crítico
eu que sou moleque bem satítico
mando todos lavagem arrumar
pois comigo eles vão só se lascar
até o dia em que a vergonha se confessa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
E pra finalizar esse canto malcriado
precisamos nos livrar dos malassombros
não deixar que o Brasil só vire escombros
e a gente num destino malsinado
é preciso botar num eixo aprumado
onde possa de verdade a mãe gentil
ter justiça, liberdade e coisas mil
que dê um viver no igual e vamos nessa
vamo logo aprumar essa conversa
vamo lá, pô, tataritaritatá.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais Cantarau Tataritaritatá!
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