Ilusão, 100 x 100 cm, acrilica sobre tela, 2020, Daniela Marton

Título: Ilusões

Técnica e material: Acrílica sobre tela

Dimensão (altura x largura x profundidade): 100,00 x 100,00 x 3,00 cm

Ano: 2020

Descrição (contexto, ideia e inspiração): Para essa pintura, pertence a série: “ matéria, memória e imagem”, selecionei imagens arquitetônicas que tenham alguma relação com minhas memórias afetivas. Essa escolha por essas imagens se intensificou devido ao período atual de isolamento social, onde as relações pessoais passaram a ser feitas a distância, reforçando ainda mais a minha busca por imagens que tivessem algum apelo de memória individual. As escolhas de imagens arquitetônicas está relacionada ao fato que sou arquiteta e também artista visual, sendo uma forma de unir as duas formações As imagens escolhidas foram dois projetos arquitetônicos de São Paulo, a esquadria do projeto Sesc Pompeia da arquiteta Lina Bo Bardi ocorreu devido ao fato de que a janela remete ao símbolo de olhar para fora, ação muito recorrente que faço nos últimos tempos por conta da pandemia, por estarmos presos em casa em isolamento social. Já do projeto do Artacho, me traz as lembranças de quando morei, estudei e trabalhei em São Paulo. O nome da pintura Ilusões ocorreu como uma relação nostálgica, voltado para memórias e lembranças afetivas do período que vivi em São Paulo. O isolamento social reforça ainda mais essas lembranças, que surgem como se fossem ilusões, pairando vários questionamentos. As janelas da Lina remetem como uma janela de lembranças do passado, mas também com questionamento a respeito de qual tipo de futuro está por vir.

Com relação ao processo com o acréscimo  das imagens surge de modo natural um novo processo artístico, composto por diferentes elementos artísticos: o estêncil (gravura), as imagens  arquitetônicas (fotografia internet), o Autocad (software da arquitetura) e a pintura. Essas imagens arquitetônicas serão retiradas da  internet, as quais posteriormente serão transferidos para o Autocad onde as imagens serão retrabalhadas visando a simplificação das  suas formas surgindo assim, uma nova imagem. Depois está imagem será impressa e transferida para o estêncil e depois para a pintura.  Resultando em uma arte híbrida. Esse novo processo mencionado passa pelos três paradigmas da imagem: pré-fotográfico, fotográfico e  pós-fotográfico.

O resultado é uma pintura  mais matérica e por sua vez, as imagens começam a sofrer interferências com a materialidade da pintura, que acaba alterando-as se tornando mais fluidas gestuais e com movimentos, de modo a transbordar para fora do limite da pintura. Resultando em uma pintura matérica, gestual, fluida e carregada de memórias. Surgindo assim uma artista da paisagem da memória cuja as pinturas tornam-se testemunho das riquezas afetivas que a artista oferece ao espectador com a intimidade de quem mostra um diário.

O nome da pintura Ilusões ocorreu como uma relação nostálgica, voltado para memórias e lembranças afetivas do período que vivi em São Paulo. O isolamento social reforça ainda mais essas lembranças, que surgem como se fossem ilusões, pairando vários questionamentos. As janelas da Lina remetem como uma janela de lembranças do passado, mas também com questionamento a respeito de qual tipo de futuro que está por vir.

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