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Extensões

A obra parte da reflexão acerca das consequências e efeitos causados

pelo confinamento resultado da pandemia.

A pandemia levou todos a ficarem reclusos no interior em seus lares, onde somente as redes e a comunicação moderna possibilitam a fuga, mesmo que de forma virtual. O light painting tem o conceito de representar as pessoas, que mesmo dentro de seus lares podem de forma virtual transpor as barreiras físicas.

A escolha de três cenários completamente opostos, tem o objetivo de colocar em unidade algumas das diversas realidades de pessoas e por extensão representar o todo, pois a pandemia foi global não poupando ninguém, todos foram afetados, e uma reflexão esperada é a possibilidade social que até mesmo nesses momentos faz alguns mais afetados.

De certo modo esta série retrata a luz e a fuga que ela pode proporcionar, que todos deveriam ter, porém a ausência de um cenário deve gerar a reflexão de todos, reflexão esta que deve transpor o limite de tempo da pandemia, a barreira que a desigualdade gera é um debate contínuo .

A luz de cada pessoa é maior do que qualquer impedimento. Mas a luz que mantém tudo conectado que explode e suplanta qualquer barreira deveria estar disponível a todos. 

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A obra parte da reflexão acerca das consequências e efeitos causados

pelo confinamento resultado da pandemia.

A pandemia levou todos a ficarem reclusos no interior em seus lares, onde somente as redes e a comunicação moderna possibilitam a fuga, mesmo que de forma virtual. O light painting tem o conceito de representar as pessoas, que mesmo dentro de seus lares podem de forma virtual transpor as barreiras físicas.

A escolha de três cenários completamente opostos, tem o objetivo de colocar em unidade algumas das diversas realidades de pessoas e por extensão representar o todo, pois a pandemia foi global não poupando ninguém, todos foram afetados, e uma reflexão esperada é a possibilidade social que até mesmo nesses momentos faz alguns mais afetados.

De certo modo esta série retrata a luz e a fuga que ela pode proporcionar, que todos deveriam ter, porém a ausência de um cenário deve gerar a reflexão de todos, reflexão esta que deve transpor o limite de tempo da pandemia, a barreira que a desigualdade gera é um debate contínuo .

A luz de cada pessoa é maior do que qualquer impedimento. Mas a luz que mantém tudo conectado que explode e suplanta qualquer barreira deveria estar disponível a todos. 

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Pássaros do Sul

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Apresento aqui - para que voem - meus Pássaros do Sul, nome que dou a uma série de esculturas feitas com madeiras coletadas na beira do mar, principalmente na práia do Pântano do Sul, no Sul da Ilha de Florianópolis onde moro. Coleto também qualquer pedaço de madeira que me pareça interessante, seja de barcos ou restos de construções que geralmente uso como base. Mas principalmente são fragmentos de árvores que trazem forma, textura, cor, cheiro, peso e consistência de acordo à árvore de origem, suas condições de desenvolvimento mais o efeito da ação do tempo em contato com as águas, os ventos, a areia,o sol, o sal. Acorde também aos efeitos causados por eventuais agentes orgânicos, como insetos, fungos, etc). Seleciono aquelas formas que me parecem sugestivas e daí começa o processo de criação e construção desses seres com os quais entro numa relação simbiótica e amorosa.  Uma vez  construídos alguns terminam sendo parcial ou totalmente pintados, levado pelo meu ofício de pintor. 

Em fim, grande prazer em reciclar, resignificar e recriar a vida. Transformar flora em fauna. Dar sentido ao aparentemente morto e inútil. Exercício estético, poético e lúdico de construir pássaros inventados, mesmo que inspirado em aves reais da região e do planeta em geral. Elas são como nós, únicas, originadas de árvores variadas e formadas por fragmentos com diferentes padrões de rupturas...  

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NAS MARGENS DO RIO É ONDE A VIDA ACONTECE...

“Nas margens do rio é onde a vida acontece” é uma série realizada a partir da parceria entre as artistas Ana Mirza e Marina Gaby. Composta por fotografias do rio Tocantins, na cidade de Marabá, sudeste do Pará, sobrepostas por desenhos digitais que retratam o cotidiano da população local, sua relação com rio e as situações de degradação da natureza a partir das ações humanas, sendo retratada pelas queimadas que são corriqueiras na região. Tudo isso acontecendo dentro do contexto global de pandemia de covid-19, em que as máscaras foram inseridas dentro deste cotidiano.

A população local é retratada junto a seres míticos, como a figura do avuadô (na obra “tempo e sonho”), e da boiúna (na obra “Boiúna e a devastação humana”). Enquanto as personagens humanas frequentemente olham para o espectador questionando esse “progresso” que chega devastando o ambiente.

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Chá

A obra chá é um ritual que pode ser de auto encontro e cura. O corpo é natureza física e natureza sutil que recebe cuidados de todo o universo através da sabedoria milenar e ancestral das ervas e sabores. A Cura é integral física e sutil. O corpo é envolvido não só por sensações físicas ,mas é tomado pela alquimia da vida fértil e sábia que as ervas e condimentos carregam em inteireza e transformação para co-criar e movimentar  estados físicos e espirituais.

suporte original tela e técnica mista. Intervenção digital

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VoaVulva

https://youtu.be/a3VpFpHNWcg

Em tempos dominados por um falocentrismo ressentido que celebra a pulsão de morte e a destruição da diversidade, buscar um território possível de respiro vital é um ato de rebelião.

A mera contemplação do vôo de uma pipa é algo capaz de trazer esse respiro, porque nos rememora a vocação humana para a liberdade.

O universo lúdico sempre fez parte do meu repertório criativo. Especificamente no que se refere a questões de gênero, criei a série Toy Pussy, que continuo produzindo até hoje, e que denuncia a castração simbólica concretizada no corpo da boneca Barbie, retratando a vagina que ela não tem.

A obra VoaVulva, que eu apresento agora para esse edital, propõe novamente a criação de uma iconografia da genitália feminina dentro de um contexto lúdico. Com ela, busco subverter o padrão heteronormativo das brincadeiras infantis, com pipas que ostentam, cada uma, um desenho diferenciado de uma grande vulva colorida.

Brincar com pipa, tradicionalmente aqui no Brasil, é algo que tem a ver com uma competição entre meninos ou entre homens. Nas “batalhas” de pipa, a linha com cerol de uma pipa corta a linha da outra, que passa a ser de propriedade do “vencedor”.

VoaVulva, também revisita a dinâmica dessa brincadeira, que passa a operar em um campo, não mais de disputa, e sim de cooperação entre mulheres, diversas em cores, tamanhos e orientações sexuais.

Elas foram convidadas a participar, mas a grande maioria não tinha nenhuma experiência com pipas, o que trouxe uma espontaneidade a toda a ação performática, concretizada, ao final, na peça de vídeo que será apresentada.

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Francisca

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Francisca, fitotipia em folha de hortênsia, 19,5 x 15 cm, 2020

Francisca é um trabalho em fotografia experimental, realizada no processo fotográfico alternativo Fitotipia. Essa técnica consiste na produção da imagem através da ação do sol/da luz sobre folhas de plantas ou vegetais. Para isso se usa uma matriz em transparência, o positivo da imagem escolhida, sobre o suporte mencionado num sanduiche com vidro. Nesse caso, trabalhei com uma imagem da minha mãe, então com dezenove anos, a partir de um retrato fotográfico p&b colorizado à mão, tipicamente pictorialista. A obra faz parte de uma pesquisa em andamento sobre memória, passagem do tempo e impermanência, relacionada à memória afetiva com mulheres que me antecederam e o ambiente que nos envolvia na localidade de origem, onde vivi quando criança. Aqui utilizei a folha de hortênsia como suporte por representar simbolicamente uma ligação entre minha vó materna, minha mãe e eu, as lembranças de infância e a natureza. Essa produção com processos fotográficos alternativos iniciou-se para mim em 2020, nessa fase de recolhimento devido à pandemia, e deve-se à vontade de recorrer a um fazer mais orgânico, à manualidade, voltando-se às singularidades do que é natural.

https://issuu.com/carmemsalazar/docs/mem_ria_e_des_aparecimento_projeto_final_t_picos_

 

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Fragmentos 1010

2021

Acrílica sobre tela costurada 

100 x 140 cm

(...) com seu fundo preto e áreas brancas e tenuemente douradas, pode ser lida como uma vista superior de um mapa de uma espécie de cidade imaginária, mas, acima de tudo, apresenta um repertório de figuras que remetem ao cérebro. Trata-se de uma interpretação simbólica no sentido de mergulhar nas linhas e curvas que a imagem traz. Setores menos preenchidos e outros mais elaborados contribuem para entender o espaço como um universo em que as possibilidades se multiplicam. Cada pessoa é muitas no seu interior e cada uma delas, ao longo da sua trajetória, tem visões de mundo e expressões no sentir e no agir. Esta imagem, nesse contexto, representa uma expressão de como é possível viver e sobreviver em diálogo com a diversidade, sem ter medo dela, mas compreendendo as diferenças e semelhanças como distintas abordagens do existir.

Oscar D’Ambrosio

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RED GUITAR

Esta obra registra a relação poética de elementos de cor vermelha. The Who, rock sangue bom e rebelde! Pete Townshend tinha uma guitarra fender vermelha. Fragmentos. da cultura rock que circulam pela minha memória.
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Campinho de Possibilidades

Campinho de Possibilidades
Fotografia e manipulação digital, 2020.
 
 
 
“Na juventude o que mais me importava era jogar bola com meus amigos nas tardes de sexta-feira. Às vezes eu tentava imaginar como seguiríamos nossas vidas, para onde iríamos ou quem seríamos depois que esse tempo maravilhoso passasse. Eu tinha o meu plano, mas não tinha a mínima ideia do que viria a seguir. Hoje percebo que aquele tempo nunca passará, enfim.”
 
A fotografia é de um campo de bairro da minha cidade natal, todos os elementos visuais são originais da imagem e foram organizados apenas por conta do enquadramento. A manipulação consiste na ampliação de pixels da malha da imagem e sua sobreposição com um nível variado de transparência, ressaltando linhas da construção da composição, formas, tonalidades, ou seja, revelando a “materialidade” digital da fotografia. O aspecto “pixelado” contribui também para um esmaecimento tal qual a revelação analógica que se apaga pela ação do tempo.
 
Eu menino de cidade do interior, nascido em 1981, lembro com muito carinho do tempo em que o território da socialização era mais de terra que digital. As únicas redes eram de jogadores improvisados que disputavam nos bairros de suas casas longas pelejas a pés descalços, cansados de buscar a bola no meio do mato (nem as traves tinham redes). Ali tudo era interação: bate papo, curtidas, jogos, discussões e amizades para a vida toda. Para mim o campinho era o lugar do protagonismo: tínhamos nossos papéis baseados nas habilidades (ou a falta delas também), e podíamos colher o reconhecimento por um gol, uma vitória compartilhada e festejada coletivamente. Quase nunca tínhamos uniformes nesse ambiente, muito diferente da escola, onde éramos todos colocados na linha.
 
Foi na escola que fiz a orientação vocacional que me transformou em arquiteto. Seus parâmetros racionais, cartesianos como as retas dos golzinhos, pautavam as escolhas das carreiras “sérias” para a formação de “profissionais de sucesso” e não deixavam muita margem aos meus sonhos artísticos naquele tempo. Interessante perceber como a vida, tal como a natureza, orgânica, desenha sua insubordinação às réguas culturais impostas, qual a arte que segue indômita através dos info-meios que reorganizam as possibilidades de mundo com seu cabresto algorítmico. A revelia do contexto distópico atual, agravado pelos problemas ambientais, epidêmicos, econômicos e políticos, acredito ainda ser possível crer na arte como força natural, transcendental. Se vamos ganhar ou perder não importa, se ao final de cada disputa estivermos juntos, ombro a ombro, no campo da arte.
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